terça-feira, 25 de março de 2008

MEU TEMPO


Este é o meu tempo

Esta é a minha Lágrima

Posso ver claramente agora

Que este não é o sitio

Para estar Solitária

Diz-me onde me queres

Este é o meu tempo

Esta é a minha Lágrima


Vem cheio de força

Parece-me

Que o mundo inteiro está no auje

Quando tu te atreves

Deixa que suba antes de ti

Este é o meu tempo


Em tudo eu sou

Amando cada subida e queda

O sol nascerá e eu o receberei

Respirando para

Ter a certeza que no fim

Tudo sera perdoado

A rendição vencerá e eu

Darei tudo o que vim dar

Diz-me agora porque um dia poderá ser tarde


O Demónio pode chorar, poderá até importar-se

Gritaste

E agora sei porquê

Quando ela passa por ti

Consegues sentir o seu poder

Este é o meu tempo

Ceus das Trevas

Têm espaço de sobra

Este é o meu tempo


Leva-me para fora

Leva-me para qualquer lado

Parece-me

Que o mundo inteiro está no auje

Quando tu te atreves

E no momento final

Este é o meu momento...

POR TI..............PARO UM POUCO.


Por ti...paro um pouco!
Por ti...paro um pouco!
Eu sei...que me agito
no frenesim
das minhas emoções galopantes,
sei que não entendes
o ritmo louco da minha pessoa,
sei que sabes que passo a vida,
a lutar para mudar tudo,
e não consigo mudar nada...

Mas tu chegas da tua luta,
do teu mundo, falas-me dele,
e eu queria estar lá...
e então paro, para te ouvir...
porque tu fazes cair as paredes,
transformas a madeira em marfim,
o ferro em ouro,
as palavras em vida...
ante os meus olhos,
tu és um alquimista...
e eu fico parada,
quase por terra a ouvir-te!

A MULHER QUE EXISTE EM MIM


beleza é arisca, arredia aos modismos. Ela encanta por um não-sei-quê indefinível... mas que também agride o olhar. É um tipo raro e não tem habitat definido: vive em Praga, mora no prédio ao lado ou se mudou ontem para o Porto. E não deixou o endereço. É ela, a mulher selvagem.
Em quase tudo ela é uma mulher comum: vai de metrô cheio, aproveita as promoções, coloca o lixo fora de casa e tem dias que desiste de sair porque se acha um trapo. Porém em tudo que faz exala um frescor de liberdade. E também dá arrepios: tu tens a impressão que viste uma loba na espreita. Tu ficas assustado, olhas de novo... e quem está ali é a mulher doce e simpática, ajeitando dengosa o cabelo, quase uma menininha. Mas por um segundo tu viste a loba, viste sim. É a mulher selvagem.
A sociedade tenta mas não pode domesticá-la, ela se esquiva das regras. Quando tu pensas que a capturaste, escapole feito água entre os dedos. Quando pensas que finalmente a conheces, ela surpreende outra vez. Tem a alma livre e só se submete quando quer. Por isso escolhe seus parceiros entre os que cultuam a liberdade. E como os reconhece? Como toda loba, pelo cheiro, por isso é bom não abusar de perfumes. Seu movimento tem graça, o olhar destila uma sensualidade natural - mas, cuidado, não passes a mão. Ela é a mulher selvagem, não esqueças. Gosta de afago mas também arranha.
Repara que há sempre uma mecha teimosa de cabelo: é o espírito selvagem que sopra em sua alma a refrescante sensação de estar unida à Terra. É daí que vem sua beleza e força. E sua sabedoria instintiva. Sim, ela é sábia pois está em harmonia com os ritmos da Natureza. Por isso conhece a si mesma, sabe dos seus ciclos de crescimento e não sabota a própria felicidade. Como todo a mulher selvagem ela respeita seu corpo mas nem sempre resiste às guloseimas. Guerreira do mato, gabriela cravo e canela? Não necessariamente, a maioria vive na cidade. E há dias gosta daquele pretinho da montra. E adora dançar em noite de lua. Ah, então é uma bruxa... Talvez, ela não liga para rótulos. Sabe que a imensidão do ser não cabe nas definições.
Mulheres gostam de fazer mistério. Ela não, ela é o mistério. Por uma razão simples: a mulher selvagem sabe que a vida é algo assombrosa e perfeita, é viver o mais sagrado dos rituais. Ela sente as estações e se movimenta de acordo com os ventos, rindo da chuva e chorando com os rios que morrem. Coleciona pedrinhas, fala com plantas e de uma hora para outra quer ficar só, não insistas. Não, ela não é uma esotérica deslumbrada mas vive se deslumbrando: com as heroínas dos filmes, aquela livraria nova, o CD novo... Ela se apaixona, sonha acordada e tem insónias por amor. As injustiças do mundo a angustiam mas ela respira fundo e renova sua fé na humanidade. Luta todos os dias por seus sonhos, adormece em meio a perguntas sem respostas e desperta com o sussurro das manhãs em seu ouvido, mais um dia perfeito para celebrar o imenso mistério de estar viva.
Ela equilibra em si cultura e natureza, movendo-se bela e poética entre os dois extremos da humana condição. Ela é rara, sim, mas não é uma aberração, um desvio evolutivo. Pelo contrário: ela é a mais arquetípica e genuína expressão da feminilidade, a eterna celebração do sagrado feminino. Ela está aí nas ruas, todos os dias. A mulher selvagem ainda sobrevive em todas as mulheres mas a maioria tem medo e a mantém enjaulada. Ela é o que todas as mulheres são, sempre foram, mas a grande maioria esqueceu.
Felizmente algumas lembraram. Foram incompreendidas, sim, mas lamberam suas feridas e encontraram o caminho de volta à sua própria natureza. Esta crônica é uma homenagem a ela, a mulher selvagem, o tipo que fascina os homens que não têm medo do feminino. Eles ficam um pouco nervosos, é verdade, quando de repente se vêem frente a frente com um espécime desses. Por isso é que às vezes sobem correndo na primeira árvore. Mas é normal. Depois eles descem, se aproximam desconfiados, trocam os cheiros e aí... Bem, aí a Natureza sabe o que faz.
Esta é a mulher selvagem, a mulher que possuem o antagonismo da vida dentro e fora de si. A mulher selvagem existe e será eterna entre a sociedade mundana dos homens e nunca será extinta.

DEUS SOL



Hoje me senti tão só,

triste e sozinha.

Tive sonhos horríveis,

tempestades invadiam meu ser,

escureciam meu coração.

Acordei em prantos,

na escuridão de meu ser,

tateei tudo em minha volta,

nada mais estava no lugar.

Levantei e tive medo,

tava tudo tão confuso,

pois tudo parecia tão distante,

estranho e calmo agora.

O único som,

eram as lágrimas de meu rosto

a tocar o chão.

Foi quando um breve sorriso

desapontou do meu ser.

Era Ele entrando pela janela,

tão lindo forte e misterioso,

quase ireal.

Avançou lentamente em minha direção,

estendeu suas mãos sobre mim

e beijou meu rosto,

enxugando minhas lágrimas.

Permaneceu comigo

assim sem dizer nada

o dia todo.

Só a me aquecer da tempestade

que agora acalmava dentro de mim.

senti então que minha alma

já não estava perdida.

Pois ele me iluminou o caminho,

agora já não tenho medo do escuro

e da tempestade.

Pois todas as manhãs

eu sei que ele vem

e meu coração se enche de esperança.

Ele é “Deus Sol”,

que entra todos os dias

pela janela de meu coração.

SUSPIRO DE ÉBANO


a lua ilumina minha carne selvagem
que uiva de dor e, tu, me alivias.
és minha gota de chuva e me inundas
[água sobre lágrimas]
me lavas mais que um milagre,
e eu te amo



: afoga-me de ti



a própria razão pode levar a um impasse
e, perdoa, se me demoro: anda tapado
de pensares, o meu açude.
ponto negro na encruzilhada, sou suspiro
de ébano a dizer pedaços do teu nome,
pela madrugada



mas não saber o que fazer é prosseguir
e eu quero sair da beira da brancura,
ser onda de fogo a sobrevoar o lodo,
jogar capoeira e ficar de pé.
sim, sou guerreira - ar, terra, pedra -,
mas sou mulher



junto destroços de palavras, arranho
meu ser estático e impactado
[com os cacos]
até abri-lo e deixar-me entornar
inteira
escrita de mar.

MEU HOMEM


Amor Selvagem

É Amor maduro,eloquente!

Amor adulto e veemente!

Amor carente!

Amor bandido ,inconsequente

que leva a gente

à ficar demente .

É amor indolente

que não mente

e começa simplesmente...

com um beijo ardente...

no roçar dos corpos dormentes

no leve toque de mãos quentes

nas carícias que lentamente

aumentam o desejo latente



Corpos já suados e colados

desfrutam o prazer do amor

na doação de sentimentos calados.

Amor selvagem

que liberara a fera

existente em cada interior,

que chega com todo furor

para depois da exaustão do prazer com ardor

adormecer suavemente nos braços de um amor

LOBA SELVAGEM


Loba selvagem, mas ainda loba


Quero amar um homem
Que a mim possa amar,

E com ele viver o mais afetuoso romance

Senti-lo sobre o meu peito

E toca-la como uma mulher deve tocar um,homem
Leva-la para dentro de mim

E senti-lo passando por dentro de minhas veias

Como fogo a se alastrar pela mata de meu coração

Que sem ela será jogado ao léu,

E com ela se desesperará pela hora de sua partida e chegada

Um amor capaz de me salvar dos bosques da solidão

Um amor para me perder

E para me reencontrar...

domingo, 23 de março de 2008

TUA BOCA


Tua Boca
É o quadro mais belo que alguém já pintou.

Poemas divinos são tudo que dela saem
em palavras e sorrisos.

Teu sorriso é como o nascer do sol
que a tudo faz brilhar.

Teus lábios são como a fruta madura,
macia e doce como o mel.

Tua boca é a mais pura fonte
onde quero minha sede saciar
e no divino mel dos teus beijos
a minha boca calar.

E a tua boca...
a tua boca apenas beijar

UM GRANDE AMOR



Um grande amor

Todos nós podemos viver um grande amor,
mas para manter acesa a chama de uma paixão
é preciso muito mais do que gostar da pessoa
que nos conquistou, é preciso confiança,
paciência (as vezes até além dos nossos limites),
é preciso disciplina e principalmente respeito
pela individualidade de cada um.

Um grande amor se baseia no princípio de
que os dois se gostam, não basta apenas um querer.
Um grande amor nasce simples e permanece pelos
tempos como uma grande cumplicidade.
Um grande amor reclama tempo de cada um, pouquíssimos
são os que se reconhecem através do primeiro olhar, mas,
fica dentro de cada um a certeza de que já se conhecem há muito tempo.

Um grande amor está disponível para todos
e pode ocorrer diversas vezes, mas só o
verdadeiro vai resistir a tudo e a todos.
O grande amor não aceita imposições, violência,
humilhações, mas suporta dores, distâncias
e necessidades sempre unidos, mesmo que
seja apenas pelo coração, o grande amor suporta
os momentos difíceis com carinho e compreensão.
Compreensão, essa a palavra chave de um grande amor.

Um grande amor é possível quando não
transferimos a responsabilidade de ser feliz para
outras mãos, quando preenchemos o nosso
amor com a dedicação e o carinho da pessoa amada.
Um grande amor é possível quando não criamos
expectativas demais, além das possibilidades
de nosso par. Quantas vezes sufocamos alguém
com a nossa ansiedade, com a nossa expectativa.
com nossos sonhos, como se fosse
possível alguém viver os nossos sonhos?

Um grande amor nasce do olhar,
passa pelo conhecimento,
sobrevive com o respeito e se perpetua pelo carinho.

Busque o seu grande amor sempre, afinal, você,
mais do que ninguém merece ser feliz... muito feliz.

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GUERREIRA




Profundo

Quando o punhal do amor,
Penetra no meu coração,
Sinto a fraqueza me tomando,
Deixando-me caído em seus braços.

Sinto o calor,
Que me deixa arrepiado,
Como se estivesse renascendo em outro mundo.

Sinto medo,
Imaginando que outro pode arrancar,
O que me é tão profundo.

Sinto-me no limite da vida,
E fecho os olhos para a solidão.

Sinto emoções fluírem,
Deixando marcas impressas,
Que a outros irão apunhalar.

SEXO DOS ANJOS




Encontrar

Quando te encontrar,
Em algum momento,
Em algum lugar,
Prisioneiro serei,
De seu surpreso olhar.

E diante do que não posso negar,
Na eternidade daquele instante,
Sentirei a chama do amor,
Derretendo os pilares da minha razão.

E perdido no tempo,
Verei você se afastar,
Procurando em meus lábios,
O doce beijo de quem fingiu não me notar.

SO VOCE




Só Você

As grades da vida,
Envergam-se diante do meu amor,
Que só quer você,
Somente você.

Não consigo imaginar,
Não consigo ver o futuro,
Com ninguém a não ser você,
Somente você.

Impossível não acreditar,
Que eu possa até mesmo voar,
Para tocar você,
Somente em você.

Vem emoção,
Vem aquecer meu coração,
Vem fazer chover dos meus olhos,
Pensando em você,
Somente em você.

LABAREDA




Labareda

Numa floresta em que poucos se atreviam passar,
Havia um Anjo preso entre espinhos,
Onde os que viam fingiam não notar.

Até que um dia,
Uma mão meiga e sedosa,
Foi salvar o Anjo que só queria voar.

Em pouco tempo,
Como uma labareda,
A mão queimou os espinhos,
Para o Anjo libertar.

Pode então o Anjo voar,
Sem jamais se afastar,
Da mão que lhe foi salvar.

Mas a chuva veio,
E a chama se apagou,
Transformando o livre Anjo,
Num prisioneiro sem prisão.

Apaixonado por uma mão,
Que em forma de labareda,
Tocou-lhe no coração.

MAGIA DO LUAR




Magia do Luar

Magia do luar,
Venha me enfeitiçar.
Numa criatura vou me transformar,
E a todos meu uivo irá assustar.

Pela escuridão da lua cheia vou vagar,
Até a sua janela encontrar.
E antes que você possa acordar,
Em seus sonhos vou te atacar.

Da rua deserta para outro mundo vou te arrastar,
E quando do sonho você acordar,
Como criatura irá me amar,
Sem jamais se assustar.

VENTOS




Vento

Quando percebi que te perdi,
Senti-me insignificante,
Tornei-me tão pequeno,
Que desapareci naquele instante.

"Ventos façam-me voar,
Para longe eu quero ir,
Onde o amor não possa me alcançar."

Pelos ares do desconhecido,
A verdade me foi revelada.
Descobri que do destino ninguém foge,
Nem mesmo a alma mais renegada.

"Ventos façam-me voar,
Para sempre quero vagar,
Onde a tristeza não possa me encontrar."

Por um ser maior fui sugado,
Pelas suas entranhas fui arrastado,
Até um lugar frio e abandonado.

"Ventos venham me salvar,
Para longe quero voar,
Onde nada possa me aprisionar."

Sobrevivi na paz daquele lugar,
Até o dia em que mais forte começou a pulsar,
Próximo de algo que parecia enfeitiçar,
Quem já não sabia amar.

"Ventos venham me salvar,
Somente mais uma vez,
Quero seu rosto observar."

Naquele momento renasci como energia,
Cresci para vê-la pelos olhos de outro,
Cujas mãos começaram a te acariciar,
Beijando-a sem medo de se machucar.

http://www.belaspoesias.kit.net/imagens/pirata.jpg
[NAVY][B]Minhas mãos,
Que tocaram seu rosto,
Secaram suas lágrimas,
Não mais podem te sentir.

Meus olhos,
Que lacrimejaram com suas tristezas,
Brilharam com seu sorriso,
Não mais podem te ver.

Meus lábios,
Que tocaram suas partes mais íntimas,
Disseram palavras que te deram forças,
Não mais podem te beijar.

Minha vida,
Que na alegria ou na tristeza,
Tornou-se parte da sua,
Não mais faz sentido.

Este grito silencioso,
Que você não escuta,
Ecoa na alma,
E me enche de amargura.
SINTO SUA FALTA VIDA......
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OUVIR




Ouvir

Quero ouvir sua voz,
Inundando minha alma,
Transformando-me em nós.

Quero seus cochichos responder,
Com a mente em paz,
Sem precisar te ver.

Quero escutar canções,
Que fogem ao controle,
Abrindo nossos corações.

Quero o som da melodia,
Que me foi tirado,
Inspirando esta poesia.

PARAIZO




Paraíso

Sinto que Você me espera,
Pois sabe o momento certo da minha partida,
Quando terei a viagem mais bela desta vida.

Irei a um lugar reconfortante,
Onde as tristezas não podem me alcançar.
E não terei medo, dor, frio ou fome,
Pois encontrarei a paz em seu olhar.

Um lugar em que não mais precisarei sonhar,
Pois lá a felicidade poderá ser tocada.
Ela estará em Você.

Um lugar em que me sentirei como na tenra inocência da qual fui criança.
Onde poderei brincar sem me preocupar com as conseqüências,
Pois Você me protegerá.

Um lugar em que um dia encontrarei todos que amei.
E nos sentiremos múltiplos em um único ser,
Compartilhando os mais belos sentimentos.
Onde realmente saberemos o que significa viver.

SOMBRA




Sombra

Minha sombra vaga sozinha pela luz,
Ignorando olhares,
Sentindo-te e te procurando,
Em todos os lugares.

Sem medo da escuridão,
Com a certeza de que você existe,
Movida pela paixão,
Em silêncio ela insiste.

Pode ser somente capricho,
Que um dia irá ao lixo,
Mas enquanto durar,
Ela irá te amar.

AMOR FINAL




Falso Amor

Na ausência do seu calor,
Falsifiquei o amor,
Criando uma ilusão,
Bonita, colorida e indolor.

Amor Perfeito,
Imune à traição,
Sem causa ou efeito,
Somente sensação.

Falso e seguro amor,
Livra-me da contradição,
De sentir prazer e dor,
No veneno da paixão.

Vivo agora minha utopia,
E já não mais pertenço à maioria,
Onde quem quer não tem, e quem tem não quer.
Todos reféns duma triste ironia.